Política Brasil

TSE lança canal para receber denúncias de fake news nas eleições

A Justiça Eleitoral vai disponibilizar o número telefônico 1491, pelo qual o cidadão poderá informar à Justiça Eleitoral qualquer tipo de desinformação que tiver presenciado.

07/08/2024 08h07 Atualizada há 1 mês
Por: Marcio Cerny
TSE lança canal para receber denúncias de fake news nas eleições

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, anunciou nesta terça-feira (6) um canal para os eleitores denunciarem casos de fake news durante a campanha eleitoral.

A Justiça Eleitoral vai disponibilizar o número telefônico 1491, pelo qual o cidadão poderá informar à Justiça Eleitoral qualquer tipo de desinformação que tiver presenciado.

A ligação é gratuita.

Ao receber a denúncia, o Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia, órgão do TSE, vai verificar a procedência da informação e encaminhar o caso para a Polícia Federal ou o Ministério Público Eleitoral  para as providências cabíveis.

 O serviço já  estará disponível a partir desta quarta-feira (7).

O painel de acompanhamento das denúncias será integrado com a Polícia Federal.

Desde 2020, o TSE tem criado mecanismos para tentar controlar o que é dito sobre eleições nas redes sociais e para isso conta, atualmente, com três aparelhos: o Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia , o Sistema de Alerta de Desinformação contra as Eleições e a Assessoria Especial de Combate à Desinformação .

Com a divulgação do Twitter Files Brasil, ficou clara a amplitude das determinações do TSE, que chegou a banir centenas de contas e de publicações referentes às eleições de 2022, mesmo depois de terminado o pleito.

Um relatório da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, contendo diversas decisões e ofícios recebidos pelo X [antigo Twitter], classificou a ação do TSE como censura.

Também ontem a  ministra Cármen Lúcia,  anunciou  a criação de um observatório para estimular a participação das mulheres na política e combater a violência política de gênero.

Uma das atribuições desse novo órgão será mapear e monitorar casos de violência política de gênero, entre denúncias e ações em andamento, para garantir que eles tenham prioridade nos Tribunais Regionais Eleitorais e no próprio TSE.

A portaria que cria o Observatório dos Direitos Fundamentais Políticos da Mulher já foi assinada e a  Justiça Eleitoral ainda vai divulgar detalhes para entidades da sociedade civil que tenham interesse em participar da iniciativa.

A fraude à cota de gênero é um dos temas mais recorrentes no TSE desde que foi aprovado o percentual mínimo de candidaturas femininas.

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