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Alunos de colégio agrícola apresentam 35 projetos de soluções para o agronegócio

A 27ª edição da Feira de Ciências Colégio Agrícola CEEP Manoel Moreira Pena, de Foz do Iguaçu, mobilizou todos os 350 alunos da instituição que ap...

04/10/2024 17h54
Por: Marcio Cerny Fonte: Secom Paraná
Foto: Lucas Fermin/SEED-PR
Foto: Lucas Fermin/SEED-PR

A 27ª edição da Feira de Ciências Colégio Agrícola CEEP Manoel Moreira Pena, de Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado, realizada nesta semana entre quarta-feira (02) e quinta-feira (03), reuniu mais de 4 mil visitantes. O evento mobilizou todos os 350 alunos da instituição que, ao longo da feira, apresentaram 35 projetos com diferentes soluções para o agronegócio, que incluíram desde técnicas agrícolas inovadoras até o manejo de novas tecnologias para o setor. Os trabalhos foram desenvolvidos pelos estudantes, no decorrer de 2024, como parte dos componentes curriculares dos cursos técnicos em agropecuária e foram apresentados para visitantes de mais de 20 escolas da região, além de representantes de empresas do segmento, produtores rurais, agroempresários e a comunidade geral.

“O evento já é conhecido por proporcionar o contato dos alunos com os líderes do setor, obtendo insights valiosos sobre as inovações tecnológicas, desafios e oportunidades no agronegócio. Com isso, o aluno ganha perspectiva de das áreas que pode seguir no mercado de trabalho”, disse Reginaldo Vicente, diretor do Colégio Agrícola de Foz do Iguaçu e articulador da feira.

Oferecendo verdadeira imersão nas técnicas agrícolas utilizadas no agronegócio moderno, a feira trouxe demonstrações práticas do uso da mecanização nas lavouras (como tratores e colheitadeiras), uso de drones para monitoramento dos cultivos, práticas agrícolas sustentáveis e manutenção da saúde de animais.

PAÇO APÍCOLA- Ocupando lugar de destaque no agronegócio brasileiro, a produção de mel integra de forma sustentável a cadeia produtiva rural. Nesse contexto, o conceito do projeto ‘Paço Apícola’, desenvolvido por alunos da escola, surge como uma iniciativa inovadora, voltada para o desenvolvimento de canteiros ou jardins com cultivos específicos para melhoria da qualidade do produto.

“A ideia do trabalho consiste basicamente em plantar jardins com diferentes espécies de flores, próximos a colmeias onde são criadas as abelhas. Em áreas urbanas, onde a diversidade de plantas nativas pode ser limitada, cultivar flores adequadas aumenta a oferta de alimento para as abelhas, reduzindo a dependência de fontes de néctar contaminadas por poluição, lixo ou pesticidas”, explica Sofia de Campos, de 16 anos, uma das alunas à frente do projeto.

“Para o agronegócio, a iniciativa representaria um avanço significativo para a melhora do produto pelo fato das flores fornecerem pólen e néctar de alta qualidade, que são essenciais para a saúde dos insetos e a produção de mel com características distintas, como sabor, aroma e cor, dependendo das espécies florais disponíveis”, reforça.

ODONTOLOGIA EQUINA- Fugindo às temáticas tradicionais, a equipe da aluna Emily Isadora Ghelere escolheu a saúde bucal dos cavalos como objeto de estudo. “A saúde bucal equina afeta diretamente a capacidade do animal de se alimentar adequadamente, o que impacta sua nutrição e, consequentemente, sua condição física. Problemas dentários, como dentes desgastados de forma desigual, afiados ou fraturas, podem causar dor, dificultar a mastigação e levar à perda de peso ou até problemas digestivos, como cólicas”, afirma a estudante.

Não raros em equinos, problemas bucais incluem ‘pontos afiados’ que podem causar feridas e úlceras nas bochechas e língua, levando à dor, dificuldade para mastigar e comportamento irritadiço e ‘maloclusão’, que consiste no desalinhamento dos dentes, afetando a mastigação e dificultando a digestão.
“Em fazendas, onde equinos são usados para trabalho no campo, por exemplo - para transporte ou mesmo para reprodução - manter a saúde bucal desses animais é essencial para garantir sua longevidade e eficiência", afirma a Emily.

PLANTIO DE SORGO- Granífero amplamente utilizado na produção de ração animal, especialmente para aves, suínos e bovinos, o sorgo é uma alternativa ao milho, oferecendo perfil nutricional semelhante, com alta concentração de energia e fibras. Além disso, a planta vem sendo amplamente utilizada na alimentação humana, em produtos como farinhas, biscoitos e pães, por ser naturalmente sem glúten, atendendo a dietas especiais como a de celíacos.

Pensando no crescente potencial do cultivo, a equipe do aluno Isaac Waldow Schmidt escolheu o tema, com objetivo de apresentar as principais vantagens do cultivo, entre elas a sustentabilidade de sua produção. “Normalmente o milho e a soja roubam toda a atenção quando falamos sobre os cultivos. Por isso, escolhemos abordar o plantio de sorgo, que é bastante eficiente no uso da água, o que o torna uma excelente opção em áreas onde a disponibilidade hídrica é limitada. Além disso, a planta é resistente a várias pragas e doenças, o que reduz a necessidade de agroquímicos e torna o cultivo mais sustentável”, explica.

OS CEEPs AGRÍCOLAS- Com mais de 18 mil alunos matriculados, os CEEPs agrícolas estão espalhados por 38 cidades do Paraná e oferecem mais de 60 cursos para os estudantes interessados em ampliar suas oportunidades profissionais.
Os CEEPs e Colégios Agrícolas oferecem uma variedade de cursos que vão desde técnicas agrícolas até áreas como saúde, tecnologia e meio ambiente. “Essa diversidade permite que os alunos escolham a formação que mais se alinha aos seus interesses profissionais”, destaca o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda.

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