É impossível recuperar os restos mortais dos cinco homens que morreram no submarino Titan, que implodiu ao tentar alcançar os destroços do Titanic no fundo do Oceano Atlântico, de acordo com o oceanógrafo David Zee. A informação foi publicada no jornal O Globo na quinta-feira 22.
Entre os tripulantes que morreram no submersível estavam o bilionário britânico, empresário e aviador Hamish Harding, o magnata paquistanês Shahzada Dawood e seu filho Sulaiman. O ex-comandante da Marinha francesa e maior especialista no naufrágio do Titanic, Paul-Henry Nargeolet, também estava a bordo. E, além deles, o empresário norte-americano e fundador da OceanGate, empresa responsável pelo passeio subaquático, Stockton Rush, estava no submarino que implodiu em busca do Titanic.
David Zee é oceanógrafo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Ele explicou que devido à enorme pressão do lado de fora, “a morte é instantânea”. “Seria muito difícil encontrar restos mortais”, disse Zee.
“Os destroços do submarino têm uma densidade maior, podem permanecer por um tempo no local, mas com a correnteza os restos humanos já devem ter sido levados para longe”, completou o oceanógrafo.
Alguns detritos do submarino Titan, como seu cone de cauda, foram encontrados no fundo do oceano na manhã de quinta-feira 22. Eles foram descobertos a cerca de 1,6 mil pés da proa do Titanic, segundo o contra-almirante John Mauger, da Guarda Costeira dos Estados Unidos.
“É um ambiente incrivelmente implacável lá no fundo do mar” disse Mauger em entrevista coletiva. A Guarda Costeira dos Estados Unidos revelou não ter um plano claro para resgatar os restos mortais das vítimas.